PS apresenta diploma para comparticipação dos tratamentos termais prescritos no SNS

O Grupo Parlamentar do Partido Socialista (PS) deu esta sexta-feira, dia 2 de junho, entrada na Assembleia da República de um Projeto-Lei que estabelece, em regime de permanência, a comparticipação dos tratamentos termais prescritos nas Unidades de Cuidados de Saúde Primários.

Através de uma nota enviada à Comunicação Social, o PS informou que avançou com o Projeto-Lei que estabelece o regime de comparticipação do Estado no preço dos tratamentos termais prescritos nos Cuidados de Saúde Primários do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
“Os tratamentos termais prestados aos utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) foram financiados em regime livre segundo o mecanismo de reembolso até 2011, altura em que este financiamento foi suspenso em resultado da política de cortes do Governo do PPD-PSD/CDS-PP, no âmbito das políticas assumidas de ‘ir além da troika’”.
Com o Relatório Final da Comissão Interministerial, que integra o estudo e proposta de implementação de modelos de comparticipação das despesas com cuidados de saúde prestados em estabelecimentos termais, foi constituído, a partir de 2019, um Projeto-piloto para avaliar os benefícios efetivamente alcançados com o objetivo de definir a política a seguir em matéria de tratamentos termais prescritos e comparticipados pelo SNS.
“Após cinco anos de Projeto-piloto, e apesar do impacto da pandemia, constatou-se que a comparticipação dos tratamentos termais resultou num aumento da frequência do termalismo terapêutico por prescrição médica, com um contributo decisivo para o tratamento e prevenção de doenças crónicas, assim como para o aumento da qualidade de vida e reforço do sistema imunitário da população”, pode ler-se na nota informativa.
O Grupo Parlamentar do PS considera, por isso, que é de “elementar justiça tornar esta medida definitiva, através do diploma que estabelece o regime de comparticipação do Estado no preço dos tratamentos termais prescritos nos Cuidados de Saúde Primários do Serviço Nacional de Saúde (SNS), com vista à promoção da saúde e de estilos de vida mais saudáveis, mas também à valorização dos territórios e coesão territorial”.
Recorde-se que o termalismo contribui para o tratamento e prevenção de patologias crónicas, bem como para uma eventual redução da despesa em meios complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT) e em medicamentos, para além da diminuição do absentismo laboral, aumento da produtividade e melhoria da qualidade de vida. Perante isto, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista, considera que este Projeto-Lei, “está por isso alinhado com os objetivos do Plano Nacional de Saúde”.

Paulo Silva Reis


02/06/2023

Sociedade