Flaviense premiado como Mestre do Ano

O Prémio de Mestre do Ano foi atribuído a Vítor Gomes pelo trabalho que tem desempenhado na Luta Tradicional Portuguesa.

Vítor Gomes, Mestre da Associação Portuguesa ''O Samurai'', recebeu o Prémio de Mestre do Ano. A distinção foi atribuída na 10ª edição da Gala Portugal International Hall of Fame of Marcial Arts, que decorreu no dia 17 de junho no concelho de Carcavelos, em Lisboa.

A iniciativa pretende distinguir, reconhecer e premiar atletas, instrutores e mestres pelo seu trabalho, resultados e dedicação nas mais diversas Artes Marciais e Desportos de Combate do país.

A ''Lisbon Hall Of Fame'' tem como mentor da edição portuguesa, o Mestre Vítor Lagarto e é a quarta mais antiga do mundo. Estas galas foram iniciadas, a nível mundial, nos EUA em 1976, por Robert Trias, Mike Day e Jim Thomas.

Ligado à Luta Tradicional Portuguesa desde 2008, este flaviense mostra-se feliz por ser uma vez mais premiado. ''É sempre bom. Já recebi várias distinções mas o prémio mais importante que se pode ter é a satisfação dos atletas, isso sim é o que me dá mais alegria'', revelou à Sinal TV o eleito Mestre do Ano.

Com cerca de 20 atletas federados na Associação Portuguesa ''O Samurai'', Vítor Gomes revela-nos que gostava de ter mais apoio da própria cidade. ''Em Chaves não dão muito valor ao nosso trabalho. É de lamentar mas não desistimos e por isso seguimos em frente''.

Vítor Gomes agradeceu ao Mestre Vítor Lagarto, a quem entregou o prémio, Sifu Claudiu Mihaila e o Mestre Alberto Navarro e ainda ao Mestre Angel C. Perez Gele pelo reconhecimento da Federação Espanhola de Taekwondo.

Neste evento também foi distinguida a Presidente da Associação Portuguesa ''O Samurai'', Susana Fernandes, pelo seu trabalho em prol desta associação.

A Luta Tradicional Portuguesa também designada por Luta Galhofa é uma arte marcial que se estima que tenha mais de dois mil anos. Apesar de não ser conhecida por muitos, faz parte da cultura portuguesa, desde o tempo dos Tamaganis, Galaicos e Lusitanos que utilizavam esta forma de Luta para medir forças e divertir se. A prática da modalidade era uma forma de medir forças para saber quem era o mais forte do clã. Foi uma arte que se perdeu no tempo mas que foi recuperada e usada no norte do país, na região de Trás-os-Montes. Para não se perder, a luta tradicional foi transformada em modalidade desportiva reconhecida por todas as entidades, estando sobre a égide da Federação Portuguesa de Lutas Amadoras (FPLA).

Sara Esteves
Fotos: DR


22/06/2023

Sociedade