ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS 2025 - ENTREVISTA COMISSÕES POLÍTICAS CONCELHIAS DE CHAVES

Aproxima-se o período de campanha para as próximas eleições autárquicas que serão realizadas em data a marcar pelo Governo, e que, de acordo com a Comissão Nacional de Eleições (CNE) decorrerão em setembro/outubro de 2025. Nesse sentido, o Canal Alto Tâmega leva a cabo um conjunto de entrevistas aos presidentes/porta-vozes das diferentes Comissões Políticas Concelhias de Chaves. Todos os partidos foram convidados tendo aceite o convite o (CDS-PP/CDU PCP-PEV/ CHEGA/IL/ PS/PSD).

1- Como antevê as eleições autárquicas de 2025?

Serão um período de avaliação do trabalho desenvolvido pelos órgãos autárquicos eleitos, ao nível do município e das freguesias, nomeadamente em relação aos programas eleitorais que apresentaram em 2021, mas também nas respostas, ou na falta delas, aos problemas concretos com que as populações se deparam. Também será avaliado o trabalho das oposições e a forma que elas tiveram de identificar e propor soluções para as necessidades das populações.

2- Como foi o processo de escolha do candidato a presidente da Câmara Municipal de Chaves?

A CDU não definiu ainda as suas listas aos órgãos autárquicos de concelho. A escolha decorrerá de um processo democrático ao nível dos órgãos políticos concelhios e distritais, na certeza de se identificarem os candidatos que melhor correspondam ao projecto da CDU para o concelho de Chaves, sempre na perspectiva de servir as populações.

3- Que opinião tem sobre o candidato?

Confiança no candidato e na equipa escolhidos, nas suas competências e num espírito de serviço público aos Flavienses, assumindo o projecto autárquico nacional da CDU que tão útil será para o nosso concelho.

4- Qual o objetivo da Comissão Política nas eleições autárquicas de 2025?

Fazer uma campanha com proximidade às pessoas, prestar contas do trabalho efectuado, ouvir e identificar os problemas existentes e construir propostas e soluções. Fazer uma avaliação critica do trabalho dos órgãos autárquicos e mostrar que há outros caminhos, outras formas de trabalhar e outras soluções que melhorem a vida dos flavienses e ajudem a ultrapassar desigualdade económicas e sociais.

Sempre abertos ao debate eleitoral com as outras forças eleitorais.

Manter e reforçar os resultados eleitorais anteriores.

5- Já estão definidos todos os candidatos às Juntas de Freguesia? Em caso de resposta negativa, quantos faltam?

Como já referi, não estão ainda definidas as listas, sendo objectivo da CDU candidatar-se a um grande número de freguesias, em especial as mais populosas.

6- Já está definido o candidato à Assembleia Municipal? Qual o nome?

A lista apresentada para a Assembleia Municipal será diversificada em todos os parâmetros, assegurando eleitos que mantenham o bom nível de actuação neste órgão.

7- Que análise faz à situação política atual?

Nos últimos 8 anos, a gestão autárquica, da responsabilidade do PS, esteve demasiado focada nas questões da dívida da autarquia e nos erros dos executivos anteriores que foram responsáveis por essa dívida.

Não se cumpriram ainda muitas das promessas feitas, algumas já nas eleições de 2017, e que correspondiam a necessidades reais do concelho. As novas piscinas continuam por fazer, bem como o pavilhão multiusos. A recuperação do Tâmega continua adiada.

Muitos habitantes do concelho necessitam de políticas habitacionais mais eficazes e mais céleres.

É necessário investir muito mais na recuperação da rede viária do concelho, com muitas estradas a precisarem de recuperação urgente

Precisamos de uma recolha de lixo e de uma limpeza das zonas urbanas e rurais, incluindo os aquíferos muito mais eficaz

A posição dos autarcas, quer do PS quer do PSD, no que se refere às questões da saúde, não correspondem às necessidades do concelho nem do Alto-Tâmega e Barroso. Os últimos governos, quer do PS quer da AD, têm prosseguido uma política de desinvestimento no Serviço Nacional de Saúde e isso traduz-se, ao nível dos Cuidados Primários e, especialmente, ao nível do nosso Hospital.

A proposta, aprovada pelo PS e pelo PSD de criação da ULS do Alto-Tâmega e Barroso, desanexando-a da actual ULS de Trás os Montes e Alto Douro, na actual situação de debilidade do SNS na região, é um erro grave, que não deve ser concretizado. Levará ao enfraquecimento do SNS na nossa região e em todo Trás-os-Montes e abrirá caminho para a privatização de cuidados de saúde hospitalares. Serão prejudicadas as populações que sofrerão uma degradação maior dos cuidados de saúde.

É necessário, e possível, fazer muito mais pelas crianças do nosso concelho e da região, melhorando os serviços de apoio à maternidade, aos pais e aos filhos. Mais espaços públicos para crianças, mais actividades dinamizadas, uma Ludoteca à semelhança de outras que já existem no País.

Alargamento da rede pública de creches e infantários com profissionais e espaços físicos adequados. Apoios maiores às crianças com necessidades específicas, nomeadamente com o reforço do número de profissionais nas escolas, de forma a dar dignidade à vida de todos.

Têm de se implementar políticas de acolhimento de todos os que chegam até nós, vindos de dentro do País ou de fora, emigrantes que regressam ou imigrantes que chegam de novo. Integrar e aproveitar a diversidade, combater o despovoamento e aumentar a natalidade. Combater o racismo e a xenofobia.

Preservar o ambiente, uma das riquezas que temos. Recuperar as culturas tradicionais da região, preservar os rios e as águas. Povoar o território.

Um poder autárquico que defenda os interesses das populações da região, nomeadamente as funções sociais do Estado, de qualidade e de proximidade.

Num período tão delicado do Mundo e do País, precisamos de um poder autárquico corajoso, democrático, defensor da Paz e promotor da correcção das desigualdades económicas e sociais. Um poder local que articule estas características com a capacidade de promover o desenvolvimento do concelho e da região.

Um poder local próximo das populações para melhor responder às suas necessidades.

Estas são algumas das características que estruturam o projecto da CDU para o nosso concelho de Chaves.


                                                                              Manuel Cunha, Presidente da Comissão Política Concelhia de Chaves do CDU

(esta entrevista segue o antigo acordo ortográfico) 


07/02/2025

Política